A ProMat 2025 aconteceu entre os dias 17 e 20 de março de 2025, em Chicago, e reuniu milhares de fornecedores de soluções logísticas, robótica e automação. Foi nesse cenário que Edison Kwecko, CEO da Stokki, mergulhou para entender o que está por vir no universo da cadeia de suprimentos – e voltou com insights que confirmam o que já sentimos na pele: o futuro é automatizado, colaborativo e inteligente.
Neste diário de viagem, compartilhamos os principais aprendizados e tendências identificadas durante a feira, com um olhar atento às inovações que realmente impactam a operação de fulfillment, logística B2B e gestão de armazéns. Acompanhe e descubra como a tecnologia está redesenhando a logística global.
A robótica deixou de ser promessa e virou realidade
Logo nos primeiros passos pelos corredores da ProMat, a presença de robôs chamava atenção. Mas não era mais aquela exibição futurista e distante. O que se viu foi robotização aplicada na logística de forma prática, colaborativa e escalável.
Robôs colaborativos: humanos e máquinas lado a lado na logística
Os chamados cobots – robôs colaborativos – surgem como aliados diretos dos operadores humanos. Equipados com sensores de presença e algoritmos de aprendizado, esses robôs ajustam seus movimentos de acordo com a atividade ao redor. Na prática, isso significa que eles trabalham junto com pessoas, sem comprometer a segurança nem a fluidez das tarefas.
O grande diferencial apresentado na ProMat foi a capacidade que os cobots têm de se adaptarem rapidamente a novas tarefas, o que os torna ideais para operações que exigem flexibilidade. Montagem, embalagem e inspeções visuais foram as aplicações mais comuns observadas, todas com ganhos notáveis de produtividade e precisão.




AGVs e AMRs: mobilidade autônoma e inteligência embarcada
A movimentação dentro dos armazéns também está sendo reinventada. Veículos guiados automaticamente (AGVs) e robôs móveis autônomos (AMRs) foram amplamente demonstrados. Eles agora utilizam LIDAR, visão computacional e mapeamento em tempo real para navegar em ambientes complexos e dinâmicos.
Enquanto os AGVs ainda dependem de rotas pré-definidas, os AMRs se destacam pela autonomia – desviando de obstáculos, recalculando caminhos e operando de forma segura mesmo em picos de movimentação. O mais interessante é como esses sistemas já estão sendo integrados com ERPs e plataformas WMS, como a da própria Stokki, facilitando sua implementação em diferentes contextos operacionais.
Fulfillment automatizado: eficiência e precisão no centro das operações
Se há uma área onde a automação mostrou força foi no fulfillment. E não apenas com conceitos: as soluções apresentadas estavam operando ao vivo, mostrando como a robótica já faz parte do presente de empresas que buscam agilidade sem perder controle.
Robôs de picking: visão computacional e machine learning
Empresas como RightHand Robotics e Covariant impressionaram com robôs de picking automatizados que conseguem identificar produtos mesmo em caixas desorganizadas e capturá-los com precisão. Graças à combinação de braços robóticos com câmeras e inteligência artificial, esses robôs aprendem com o tempo e ajustam sua performance conforme operam.
Essa evolução é estratégica para operações que trabalham com alto volume e grande diversidade de SKUs, já que reduz erros de separação, acelera a expedição e melhora a rastreabilidade dos pedidos.

AMRs para transporte interno: integração com WMS e flexibilidade total
No deslocamento entre estações de picking, os AMRs voltaram a aparecer, mas agora com layouts otimizados para fulfillment. Robôs como os da Locus Robotics, 6 River Systems e Geek+ apresentaram integração direta com plataformas como a Stokki e destacaram a facilidade de adaptação ao layout existente do armazém, sem necessidade de mudanças estruturais.
Essa flexibilidade, somada à capacidade de trabalhar de forma autônoma, transforma completamente a lógica do armazém tradicional.
Paletização e sorter robots: a última etapa da eficiência logística
A etapa final do processo também está se tornando automatizada. Robôs que empacotam, separam e paletizam com base em dados em tempo real foram amplamente demonstrados. Em muitos casos, o próprio robô adapta o tamanho da caixa ao conteúdo, reduzindo espaço desperdiçado e economizando em frete.
Soluções de sortimento com scanners e esteiras inteligentes mostraram como é possível ganhar tempo mesmo nos minutos finais de preparação de pedidos.
Automação B2B e logística integrada: o novo normal
Mais do que resolver gargalos pontuais, as empresas que participaram da ProMat Show estão pensando em automação como parte de uma cadeia de valor interligada e inteligente. Isso inclui desde o armazenamento até o controle total de estoques, passando pela integração com sistemas legados e análise preditiva.

Tecnologias de armazém vertical e software de alto desempenho
A Kardex, por exemplo, apresentou o Shuttle, um sistema de armazenagem vertical que otimiza o uso de espaço e melhora a ergonomia para operadores. Combinado ao Power Pick Cloud – um software em nuvem que gerencia acessos, movimentações e níveis de estoque – a empresa mostrou como é possível controlar todo o fluxo com mais segurança e escalabilidade.
Sistemas robóticos agnósticos e gêmeos digitais
Um dos destaques mais inovadores veio da Wandelbots, com o NOVA – o primeiro sistema operacional robótico agnóstico do mercado. Isso significa que as empresas não precisam mais ficar presas a um único fornecedor de robôs. O NOVA é compatível com mais de 300 modelos industriais e ainda utiliza gêmeos digitais para validar configurações antes da implementação.
Essa abordagem promete reduzir o tempo de implantação de novos processos, além de permitir mais liberdade nas decisões estratégicas de automação.
Realidade virtual e robôs sob demanda
Dematic e Ocado Intelligent Automation também se destacaram com demonstrações que uniram o físico e o virtual. Simulações em realidade virtual permitiram visualizar armazéns do futuro em pleno funcionamento, com robôs atuando de forma sincronizada em todas as etapas.
Empresas como AFORMIC, Berkshire Grey, Murata Machinery USA e Cimcorp trouxeram soluções específicas para logística terceirizada, cadeia do frio e centros de distribuição de alimentos, mostrando que a automação está cada vez mais personalizada para o negócio de cada cliente.

O que a ProMat 2025 mostrou para a Stokki – e para o mercado
Para Edison Kwecko, a visita à ProMat reforçou que o caminho da logística passa inevitavelmente pela tecnologia. Não se trata mais de “se” as empresas vão automatizar, mas “como” vão fazer isso – e o quão rápido conseguem transformar essas soluções em resultados operacionais.
A Stokki segue comprometida em acompanhar de perto essas transformações. Muitas das inovações vistas em Chicago já estão sendo analisadas pelo nosso time de produto e tecnologia, com o objetivo de manter nossa plataforma como o WMS 4Brands sempre integrada às práticas mais modernas e eficientes do mercado.
Se você quer entender como preparar sua operação para o que vem por aí, fale com a gente. Vamos juntos transformar a logística do seu negócio com inteligência, performance e tecnologia de verdade.